segunda-feira, 22 de setembro de 2008
OUTONO
Sinfonia de Outono…
É outono…
A mágica estação do ano em que a natureza revela um especial esplendor.
Calmamente vou adentrando a alameda de plátanos dourados.
Um tapete amarelo-avermelhado espalha-se a meus pés…
…por onde sigo pisando tão calmamente, como num caminho perfeito,
num vagar calculado, com o firme propósito de saborear esses momentos
de pura e encantadora magia…
Um cenário perfeito para reflexões e versos que me me vêm à mente…
Imagino se existe um portal no paraíso… então este deve ser o portal do paraíso…
Longos soluços dos violinos de outono
Ferem meu coração com langor monótono…
E choro, quando ouço, ofegando, bater a hora,
lembrando os dias, as alegrias e ais de outrora.
E vou-me ao vento que, num tormento
me transporta de cá para lá, como faz a folha morta.
“O amor muda como as folhas das árvores no outono.
E, se eu for capaz de entender isto, serei capaz de amar.”
O renovar das estações é necessário à natureza,
assim como o renovar da esperança em nossos corações…
Que nossas almas possam refletir a paz do universo
como o reflexo das árvores
numa tarde límpida de outono…
Explosão de alegria, profusão de cores,
Como foi um dia
a explosão de meus amores…
Folhas de outono…
Nas árvores, nos ares, no chão.
Folhas de outono em sua derrareira e incomparável glória,
exalando um aroma adocicado, de flutuante despedida.
O arvoredo transpira as carícias dos ninhos,
e o vento a cirandar na curva das estradas
eleva o folharéu no espaço em redemoinhos…
Há um córrego a levar as folhas secas em bando…
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,
parece que o arvoredo em coro está chorando!…
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