domingo, 2 de novembro de 2008
Suspiro - o derradeiro
Por quais devaneios tu reclamas,
Se tu és um homem coroado,
Entre mil margaridas e rosas,
E gritas: “Deus! Estou acordado!”.
Que angústia invasora é essa?
Quando tu foste abençoado
Pelo padre, anjo dominical,
E gritas: “Deus! Sou um desgraçado!”.
Que paixão derradeira é essa?
Por entre o véu de rendas bordado,
Que na escuridão se manifesta,
Gritando “Deus! Estou acordado!”.
Que choro de lamento é esse?
Teu terno italiano foi passado.
Lindos sapatos te adularam.
Só porque vivo fostes sepultado?
Que engraçado! Até na morte tu és ingrato!
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